sábado, 11 de março de 2017

Seca causa 110 mortos em 48 horas e milhares de deslocados na Somália



A seca e a guerra voltam a fazer pairar o espetro da fome sobre a Somália.
Pelo menos 110 pessoas morreram nos últimos dois dias, na sequência da escassez de alimentos e de água potável que afeta mais de 6 milhões de habitantes, metade da população do país.
A ausência de chuva levou à queda da produção agrícola em mais de 70%, vitimando mais de metade do gado em algumas regiões.

Algumas das vítimas apresentavam sintomas de diarreia e sarampo, segundo um comunicado do governo. A seca prolongada levou as autoridades a declarar o “estado de catástrofe nacional”, na semana passada
Fonte:http://pt.euronews.com/noticias/africa

quinta-feira, 2 de março de 2017

Crise de refugiados: o drama líbio de mulheres e crianças em busca do sonho.

A Líbia é uma das escalas mais dramáticas da atual crise de migrantes e refugiados do Mediterrâneo.

Pelos dados de setembro de 2016, cerca de 256.000 migrantes tinham sido identificados na Líbia, entre os quais 30.803 mulheres e 23.102 crianças, um terço das quais não acompanhadas”, lê-se no relatório da UNICEF.

Foram feitas 122 entrevistas: 82 a mulheres e 40 a crianças. As crianças entrevistadas dividiram-se em 25 rapazes e 15 raparigas com idades entre os 10 e os 17 anos. “Três quartos das crianças entrevistadas afirmaram ter tido experiências de violência, assédio ou de agressão às mãos de adultos. Quase metade das mulheres entrevistadas relatou ter sofrido violência ou abusos sexuais durante a viagem”

Um dos migrantes adolescentes entrevistados na cidade costeira de Misrata, um rapaz, contou que a “viagem para a Líbia foi muito perigosa”.
“Foi horrível. Algumas pessoas morreram no meu caminho para a Líbia. Apenas Deus me permitiu sobreviver, mas até eu fiquei doente no deserto. Sem água, sem comida, nada. Por isso, vim para a Líbia. A caminho do trabalho, fui preso. Os polícias assediavam-nos. A qualquer hora, vinham ao nosso quarto. Batiam-nos. Chicoteavam-nos. Tratavam-nos como escravos”, relatou.

“As raparigas relataram uma maior incidência de abuso em relação aos rapazes”, pormenoriza o relatório.

Só no ano passado 4579 pessoas morreram a tentar atravessar de forma clandestina o Mediterrâneo a partir da Líbia.

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